Tudo que você precisa saber e por que procurar o psiquiatra.
A Doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência no mundo e uma das principais causas de perda de autonomia na terceira idade. Seus impactos vão muito além da memória: afetam o comportamento, a personalidade, as relações familiares e a qualidade de vida de todos ao redor.
Neste artigo, você vai entender o que é o Alzheimer, como diferenciá-lo de outras condições, como se prevenir e, principalmente, por que o acompanhamento com um psiquiatra especializado em idosos pode transformar esse percurso em algo mais leve e cuidadoso.
Se você percebe que alguém querido tem estado mais repetitivo, esquecido e com dificuldade no dia a dia, este pode ser o momento de buscar ajuda profissional.
O Dr. Gabriel Tognon Rossi é médico psiquiatra especializado em psiquiatria geriátrica, formado pela Universidade de Marília, residência em Psiquiatria pela UNESP e aprimoramento em psiquiatria geriátrica pela USP de São Paulo. Possui ampla experiência no cuidado de idosos, conduzindo o ambulatório de psicogeriatria do HC/FAMEMA.
Agende uma consulta para obter um diagnóstico preciso e recomendações adequadas para o seu caso.
1. Introdução
Envelhecer não significa esquecer. Embora alguns lapsos de memória façam parte do envelhecimento normal, o Alzheimer provoca um declínio progressivo e anormal das funções cognitivas, dificultando tarefas simples do cotidiano, como se vestir, preparar uma refeição ou reconhecer pessoas próximas.
Muitos sintomas iniciais passam despercebidos ou são confundidos com "coisas da idade", o que retarda o diagnóstico. Com acompanhamento especializado, é possível retardar o avanço da doença, preservar a autonomia por mais tempo e oferecer qualidade de vida ao paciente e à família.
2. Diagnósticos diferenciais
Antes de confirmar um diagnóstico de Alzheimer, é fundamental descartar outras condições que podem se parecer com a doença:
a. Depressão (pseudodemência depressiva)
A depressão em idosos pode causar esquecimentos, desatenção e lentidão de raciocínio. Diferente do Alzheimer, os sintomas depressivos têm início mais abrupto e flutuação ao longo do dia, além de uma queixa ativa de perda de memória.
b. Causas potencialmente reversíveis
Todas essas condições podem causar alterações cognitivas e devem ser investigadas.
c. Outras demências
3. Fisiopatologia
A Doença de Alzheimer está relacionada à acumulação anormal de proteínas beta-amiloide e tau no cérebro, que provocam a destruição de conexões entre neurônios e a morte progressiva das células cerebrais, principalmente no hipocampo (região responsável pela memória).
Com o tempo, isso gera atrofia cerebral, dificultando funções como memória, orientação, linguagem, julgamento e controle do comportamento.
A doença tem início silencioso e pode estar em curso até 10 anos antes dos primeiros sintomas claros.
4. O que é reserva cognitiva e como prevenir o declínio cognitivo?
A reserva cognitiva é a capacidade do cérebro de compensar os danos ao longo da vida, mantendo as funções mentais por mais tempo. Pessoas com maior reserva cognitiva tendem a apresentar sintomas de demência mais tardiamente.
Como desenvolver e preservar a reserva cognitiva:
Nunca é tarde para começar. A prevenção do declínio cognitivo é possível em qualquer fase da vida.
5. Quais são os primeiros sintomas da Doença de Alzheimer?
No início, os sintomas são discretos e muitas vezes atribuídos ao envelhecimento natural:
Se esses sinais persistem ou evoluem, é hora de buscar uma avaliação especializada.
6. O que o psiquiatra especialista em geriatria avalia?
O psiquiatra com formação em psicogeriatria ou neuropsiquiatria geriátrica é o profissional mais preparado para integrar os aspectos cognitivos, emocionais e comportamentais do envelhecimento.
Durante a consulta, ele avalia:
A consulta vai além do diagnóstico — ela acolhe a pessoa por trás dos sintomas.
7. Quem procurar: psiquiatra, neurologista ou geriatra?
Todos esses profissionais têm papéis importantes, mas com focos distintos:
É o psiquiatra quem integra emoção, cognição e contexto social em um plano terapêutico individualizado.
8. Existe tratamento?
Sim. Embora não haja cura, o tratamento pode melhorar sintomas, retardar a progressão da doença e preservar a qualidade de vida.
O tratamento envolve:
Cuidar da mente é cuidar da autonomia e da dignidade.
9. Estratégias para o cuidador: manejo de sintomas comportamentais
Os sintomas comportamentais da Doença de Alzheimer são muitas vezes os que mais desafiam a convivência e exigem adaptações da família. Eles incluem agitação, recusa de cuidados, desconfiança, alucinações, agressividade, apatia, distúrbios do sono, entre outros.
Essas alterações não são “birras” nem sinais de personalidade. Elas decorrem das alterações cerebrais causadas pela doença, que afetam a forma como o paciente percebe e reage ao mundo.
Dicas práticas para lidar com situações comuns:
Recusa em tomar banho
Alterações na alimentação
Problemas para dormir
A antecipação de situações-problema, o reforço da rotina e o cuidado com o tom de voz fazem diferença no dia a dia do cuidador.
10. Sobrecarga do cuidador
Cuidar de uma pessoa com Alzheimer exige tempo, paciência, preparo emocional e muita disponibilidade. É comum que o cuidador — muitas vezes um filho, cônjuge ou neto — coloque as necessidades do paciente acima das próprias, negligenciando a própria saúde física e mental.
Com o tempo, isso pode gerar a chamada “síndrome do cuidador”, caracterizada por sintomas de esgotamento, estresse crônico, depressão e isolamento.
Sinais de alerta da sobrecarga:
Como cuidar de quem cuida:
Um cuidador que se cuida consegue oferecer um cuidado mais sustentável, afetuoso e presente.
Perguntas mais frequentes (FAQ)
O que diferencia o Alzheimer de outras demências?
O Alzheimer tem início mais lento e progressivo, afetando principalmente a memória. Já outras demências, como a vascular ou a frontotemporal, podem começar com alterações de comportamento, linguagem ou surgirem após eventos neurológicos como AVCs.
Quando é hora de procurar ajuda especializada?
Quando os esquecimentos se tornam frequentes e prejudicam o cotidiano, ou quando há mudanças de humor, comportamento, confusão, repetição de falas ou desorientação. Não espere o agravamento para buscar um especialista.
A medicação realmente ajuda?
Sim. Embora não cure, os medicamentos podem retardar a progressão da doença, melhorar sintomas cognitivos e reduzir alterações de humor e comportamento. O tratamento adequado evita complicações e melhora a qualidade de vida.
Por que o psiquiatra é importante no cuidado do Alzheimer?
Porque a doença não afeta só a memória, mas também o comportamento, as emoções e o vínculo com o mundo. O psiquiatra com formação em psicogeriatria tem um olhar integral, que acolhe tanto o paciente quanto a família.
É possível fazer consulta online?
Sim. O Dr. Gabriel Rossi oferece teleconsulta para avaliação, acompanhamento e orientações familiares — com ética, segurança e acolhimento.
Atendimento humanizado em Marília e por telemedicina
O Dr. Gabriel Rossi é médico psiquiatra com aprimoramento em neuropsiquiatria geriátrica. Atende com foco em escuta sensível, precisão diagnóstica e cuidado humanizado em todas as fases da Doença de Alzheimer.
Atendimento presencial em Marília (SP) e online para todo o Brasil.
Não enfrente o Alzheimer sozinho. Cuidar com conhecimento é cuidar com amor.
Av. Cristo Rei, 162 – Marília/SP - (14) 3413-8263 / (14) 99834-1869
Link úteis:
Associação Brasileira de Alzheimer: https://abraz.org.br
Federação Brasileira das Associações de Alzheimer: https://febraz.org.br